vazio voraz

7.11.06

[ i ] ATO


















Foi lançada, sem qualquer discurso ou cerimônia, a revista [ i ] ATO:

www.revistaiato.blogspot.com


[ i ] ATO é uma revista que divulga alguns ensaios visuais dos integrantes do Coletivo Vazio Voraz. O coletivo é formado por: Cláudia Pôssa, Gina Leite, Fabrício Branco, Jovan Mattos, Luciano Freaza, Marta Luna, Nanna Pôssa e Silverino Ojú. Em setembro deste ano, sob a coordenação de Caetano Dias, realizamos a exposição Vazio Voraz na Galeria Solar do Ferrão. Quem tiver interesse em adquirir um exemplar impresso da revista pode entrar em contato conosco através do email vaziovoraz@gmail.com.

Jaime figura visita vazio voraz

27.9.06

Outras fotos



15.9.06

+ Fotos da Abertura


Fotos Gina Leite

12.9.06

As muitas possibilidades do vazio

* Correio da Bahia 12 de Setembro
Coluna Artes Plásticas: Justino Marinho e Cesar Romero

"Enganam-se aqueles que pensam que não está existindo renovação nas artes plásticas da Bahia. Um bom exemplo de renovação pode ser visto na exposição que acontece na Galeria Solar Ferrão (Pelourinho) até 23 de setembro, reunindo oito artistas da novíssima geração. Com a denominação de Voraz vazio, os artistas Cláudia Pôssa, Fabrício Branco, Gina Leite, Jovan Mattos, Luciano Freaza, Marta Luna, Nanna Possa e Silverino Ojú formam um grupo voltado para a pesquisa em linguagens de arte contemporânea, orientados por Caetano Dias.

O grupo teve origem há dois anos, com o objetivo de desenvolver poéticas individuais como parte da oficina Processos contemporâneos, realizada no Museu de Arte Moderna da Bahia, por Caetano. O tema desenvolvido é o vazio, daí o nome do grupo. Cada um esteve à vontade para buscar sua linguagem e suas possibilidades de expressão. A partir dessa liberdade, discutiram idéias e colocaram em prática suas conclusões.

“Ao longo desse processo, as trocas se deram de forma apaixonada. As pesquisas artísticas exibidas nesta mostra carregam de forma intensa a experiência de cada integrante do grupo”, explica o orientador. Como resultado da oficina, o público pode ver uma boa exposição, sem grandes ousadias, mas capaz de justificar as exigências da contemporaneidade e excitar a imaginação dos visitantes.

Cláudia e Nanna Possa são mãe e filha e ambas se dedicam à fotografia. Sutis como boas mineiras que são, interpretam o vazio de forma muito pessoal e independente uma da outra. Cláudia fotografa a incerteza das fendas, através de closes em buracos de fechaduras ou de muros, enquanto Nanna aproveita o momento do salto. Corpo em queda sobre o vazio.

Fabrício Branco utiliza ovos vazios e confere plasticidade a um objeto que já teve a sua utilidade. Desprovida do seu conteúdo, esvaziada, a casca do ovo perde a sua função, tornando–se “dispensável”. Para ele, o vazio não é dispensável e pode ser capaz de propor reflexões, afinal aquelas cascas de ovos, antes, protegiam uma vida. Outro trabalho de Fabrício é uma grande indoor retratando uma placa vazia. O artista mostra o instante de um espaço vazio a espera de um novo preenchimento. Fabrício é publicitário com larga experiência na área e estudos na School of Visual Arts em Nova York.

As fotografias de Gina Leite funcionam como poemas, naturalmente um resultado da sua formação literária. Imagens, lembranças, cores, contrastes e formas são apreendidas pelo instante da fotografia. A delicadeza, na maioria dos trabalhos apresentados, é um aspecto bem visível, inclusive na montagem da exposição.

No trabalho executado por Jovan Mattos, a delicadeza está ainda mais exacerbada. São desenhos que rompem limites do papel, ousam invadir a parede e impressionam o espectador por sua leveza e senso de equilíbrio. Luciano Freaza interpreta o vazio usando as possibilidades das novas tecnologias, colando na parede um grande desenho, com formas vazadas em preto e branco.

“Desejo compartilhar imenso vazio”. Com esse anúncio publicado durante alguns meses em jornais de grande circulação no país, e com um endereço eletrônico para receber as respostas, Marta Luna realizou um trabalho interativo bastante instigante. As respostas ao anúncio, tornadas anônimas, estão expostas no endereço www.servazio.blogspot.com.

A auto-referência foi usada por Silverino Ojú para conseguir o seu objetivo. Utilizando imagens sintilográficas do próprio corpo, o artista discute as possibilidades ocultas no seu interior. A impotência diante do poder das enfermidades ou a alusão ao invisível e oculto que habita dentro de cada um. Outro trabalho, em forma de quebra-cabeça, desafia o espectador a percorrer caminhos vazios e realizar o objetivo da proposta. Silverino, atento ao vazio provocado pelas incertezas, preenche um terceiro espaço, realizando uma proposta com uma placa de terra ressecada e a frase “coração é terra que ninguém passeia”.

Além dos trabalhos individuais, o grupo organizou, coletivamente, um livro no qual estão registradas outras criações realizadas. O livro, desenhado por Luciano Freaza, possui apenas um único exemplar e pode ser manuseado pelos visitantes. Quase todos os expositores já participaram de alguma exposição coletiva, nas nenhum expôs individualmente. Vale a pena visitar a mostra e verificar as infinitas possibilidades de interpretar o vazio.

Fotos da Abertura







Fotos: Gina Leite

7.9.06

bate-papo





6.9.06

Endereço

É hoje a abertura da exposição! Apartir das 18h estaremos todos lá, como tem muita gente me pergundando onde fica coloco aqui o mapinha improvisado. Largo do Pelourinho é inde fica a casa de Jorge Amado é só virar a esquerda e chegou. Espero todos lá!

4.9.06

e-nforme

O Canal Contemporâneo é um site bem bacana sobre artes visuais no Brasil. Tem uma ampla pesquisa em todo o território nacional, lá você acha de forma organizada quase todos os Salões e Prêmios de arte que estão rolando. Além de uma agenda chamada e-nforme que divulga eventos relacionados com as artes visuais inclusive o Vazio Voraz.

Convite eletrônico

Aqui está o novo convite eletrônico do Vazio Voraz.

Com licença, Maraújo

O Blog Com licença, por favor publicou uma notinha sobre o meu trabalho. Lá tinha um comentário interessante:

Maraújo disse...
Dos dedos escorre
Para o vazio voraz
Que devora faminto
Como um saco sem fundo
Infinito

Lugar nenhum
Entre o céu e o abismo?
Há algum
Basta olhar e acreditar

29.8.06

Release em PDF

Ficou pronto o super release em PDF diagramado por Iansã (quimera). Está lindo, mesmo quem já leu o conteúdo nos post vale a pena clicar e conferir. Obrigada Iansã e Danilo Fraga (por colocar na rede).

28.8.06

VORAZES NO OVERMUNDO

O overmundo é um site bem bacana que funciona de forma colaborativa. Qualquer um pode contribuir com textos, entrevistas, fotos, vídeos que podem estar em quatro categorias: overblog, banco de cultura, guia e agenda. Coloquei a matéria sobre o Vazio Voraz lá. Depois de ficar 48h na fila de edição (onde outras pessoas podem dar dicas p/ o texto melhorar) ele foi para a fila de votação que é onde decide se o texto entra ou não entra no ar. Conseguindo 20 votos o texto é publicado no site. A nossa matéria já foi publicada! Agora só o destaque que é dado a ela no site é uma mistura do número de votos que ela anda recebendo com o tempo que ela está no site, assim sempre coisas novas estão tendo destaque.

Existem muitas colaborações bacanas no Overmundo, vale a pena se cadastrar e contribuir e aproveite e vote aqui.

26.8.06

Blog pronto?

Finalmente depois de algum trabalho consegui colocar este blog "funcionando". Não que fosse difícil mas para quem não sabe nada de Html dá algum trabalho....

Esse é o blog da exposição Vazio Voraz, aqui além de ver o release e informações sobre os trabalhos é um espaço aberto a comentários e lugar para acompanhar o processo da exposição. Divirtam-se!

VAZIO PREENCHE GALERIA NO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR

Com o trabalho voltado para a pesquisa em linguagens de arte contemporânea, o Coletivo Vazio Voraz realiza sua primeira exposição no dia 6 de setembro na Galeria Solar do Ferrão no Pelourinho, às 18h. A mostra coletiva reúne trabalhos sobre o vazio de oito artistas baianos e está aberta à visitação até o dia 23 de setembro.

O grupo começou a se reunir há dois anos sob a orientação de Caetano Dias com o objetivo de desenvolver poéticas individuais como parte da oficina Processos Contemporâneos do MAM-BA. “Ao longo deste processo, as trocas se deram de forma apaixonada, as pesquisas artísticas que serão exibidas carregam de forma intensa a experiência de cada integrante do grupo” relata Caetano Dias.

O vazio é tratado sob diferentes perspectivas pelos artistas em instalações, fotografias e outras linguagens. Cláudia Pôssa apresenta fotografias delicadas e femininas. Fabrício Branco mostra uma instalação com cascas de ovos. Gina Leite traz em suas fotografias vestígios de solidão. Jovan Mattos mostra desenhos que rompem os limites do papel. Luciano Freaza apresenta uma instalação sobre o consumo. Marta Luna revela sua ação que busca a identidade a partir de um meta ser. Nanna Pôssa expõe fotos de mergulhos entre o céu e o abismo. Silverino Ojú traz um trabalho auto-referente. O coletivo tem continuidade na revista eletrônica [ i ] ATO cujo único exemplar impresso se encontra na galeria.

Todos os trabalhos foram discutidos coletivamente, “as oficinas do MAM foram um espaço natural para iniciar e amadurecer as idéias no plano individual e coletivo. Eu me sinto gratificado com a realização deste trabalho de acompanhamento, pesquisa, orientação, coordenação e curadoria, discutindo os caminhos através de diálogos intensos em nossos encontros semanais” comenta Caetano Dias sobre o percurso do grupo.

A proposta da exposição foi selecionada no início do ano, por críticos de arte e membros da Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) através de edital, para ocupar as duas salas expositivas da Galeria Solar do Ferrão. O Solar do Ferrão se situa nas proximidades do Largo do Pelourinho. A construção de 5.000 m2 guarda características da segunda metade do século XVII. Em 1756, os Jesuítas instalaram um Seminário no prédio, que no mesmo século tornou-se propriedade da família Ferrão. Daí em diante funcionou como residência de famílias nobres, teatro e sede do Centro Operário. Em 1977, foi adquirido pelo IPAC.

A Galeria, fundada há 25 anos, dispõe de 223m2 de espaço expositivo. Em 2005 foi reformada e desde então expõe principalmente projetos de arte contemporânea. A exposição Vazio Voraz conta com o apoio da Engenho Arte Molduras, Restaurante Confraria das Ostras, Via Press Comunicação, Cachaça Busca Vida, Uranus2, Objetiva Revelação Digital, quimera, Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia através do IPAC e o Museu de Arte Moderna da Bahia.


VAZIO VORAZ


[Artistas] Cláudia Pôssa, Fabrício Branco, Jovan Mattos, Gina Leite, Luciano Freaza, Marta Luna, Nanna Pôssa e Silverino Ojú
[Orientação] Caetano Dias

[Local] Galeria Solar do Ferrão
Rua Gregório de Mattos, 45, Pelourinho, (71) 3321 6155 Ramal 255
[Abertura] 6 de setembro de 2006 das 18h às 21h
[Visitação] 7 a 23 de setembro de 2006, seg-sex 10h-18h e sáb 13h-17h
[Preço] Grátis
[+++] vaziovoraz@gmail.com

Cláudia Pôssa

Suas fotografias retratam, em closes, buracos de muralhas. Gretas delicadas, femininas. Apesar de coloridas as fotografias remetem ao preto e branco. Sem profundidade espacial, demandam a terceira dimensão da imaginação e não da perspectiva. O espaço se desenha no que não se explicita. O alvo do olhar é o negro das imagens, as brechas que se abrem no plano fotografado. As fendas, nesta fronteira entre um dentro/fora e consciente/inconsciente, provocam a angústia frente à possibilidade de adentrar esse espaço de incertezas.

Cláudia Pôssa nasceu em Barbacena, Minas Gerais, e reside em Salvador há 15 anos. Graduada em física, com especialização em astrofísica, é professora da UFBA e atualmente finaliza doutorado vinculado ao programa “Fotografia y Vídeo”, da Facultat de Belles Arts, Universitat de Barcelona. Desde 2004 participa das oficinas do MAM: Gravura em Metal (Antonello L'Abbate) e Processos Contemporâneos (Caetano Dias). Nos últimos anos participou das exposições: SSA 456-Salvador no Olhar do Artista Contemporâneo (Galeria da Cidade / Salvador / 2005); VII Bienal do Recôncavo (Centro Cultural Dannemann/ São Félix / 2004-2005). Programa de Cooperação Interuniversitária América Latina Espanha 2002, como professora visitante, no programa “Interación entre Arte y Fotografía”, na Universitat Politècnica de Valencia, Valência/ Espanha em 2002.

[ claudiapossa@hotmail.com ]

Fabrício Branco

Desprovida de seu conteúdo, esvaziada, a casca do ovo perde sua função, tornando-se dispensável. Esta obra propõe uma reflexão diante da fragilidade deste elemento, que em seu interior armazena a vida que ele simboliza. Aquilo que é dispensável, jogado no lixo, vira arte visto por uma outra perspectiva. As cascas usadas como matéria de um trabalho que lhe oferece espaço à plástica da fragilidade.

Fabrício Branco é baiano de Salvador, estudou design gráfico na School of Visual Arts em Nova Iorque, trabalhou como diretor de arte na Propeg e Pejota na Bahia e na Bates e Young and Rubican em São Paulo. Participou de exposição coletiva na Arcada das Artes no Pelourinho em 1996, expôs na Compasso Galeria em São Paulo em maio de 2004 e dezembro de 2004.

[ fabriciobranco@mac.com ]

Gina Leite

Lapsos é uma coleção de lembranças que se realizam através de cores, contrastes e formas. Lembranças que não pertencem ao passado; fazem-se premonição e emergem em presente em uma visibilidade apreendida pelo instante da fotografia. Não se trata de memórias de um lugar, de alguém, mas de cenas flutuantes agarradas à lembrança fugitiva que é dominada apenas por um momento frágil em que a fotografia se realiza. Vultos de palavras se apegam às cores como sussurros de sílabas trocadas. Neste segundo a própria voz parece dizer mais do que qualquer sentido.

Fotógrafa, poetisa e formada em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia, Gina participou em 1998 da antologia poética “A Última Palavra”, resultado do Concurso Nacional Prêmio Luiz Ademir de Literatura Brasileira. Neste mesmo ano participou da coletânea Release de poesia e prosa. Como fotógrafa, realizou em 2001 a exposição individual Quatro Cores e Alguns Versos inicialmente apresentada na Biblioteca Pública do Estado da Bahia. Nos anos seguintes, expôs na VI Bienal do Recôncavo, em São Felix, participou do projeto Caixa Populi Bahia, expôs no V Mercado Cultural, participou da coletiva Mostra de Inverno Impressões da Groenlândia, e também da exposição Trabalhadores de São Francisco do Paraguaçu.

[ talktogina@gmail.com ]

Jovan Mattos

Grande delicadeza formal que usa o desenho de forma bastante contemporânea, desenhos estes que rompem o limite do papel que entram no espaço tridimencional.

Nascido em Salvador, Jovan Mattos (Jova) pratica artes plásticas desde cedo. A partir de 2003 quando ingressou na Escola de Belas artes vem participando de encontros de estudantes de arte pelo Brasil. Em 2004 participou como artista na Bienal do Recôncavo, com performance, desde então vem participando de mostras de pintura, escultura, performance e video-arte. Em 2005 participou da exposição itinerante internacional “Afetos Roubados” (ICBA).

[ jovamattos@hotmail.com ]

Luciano Freaza

Em “Arapuca”, Freaza apresenta uma instalação que ridiculariza um dos ícones do consumo chamando-o de armadilha. Através do humor, o artista busca refletir sobre as motivações dos hábitos de consumo propostos pela publicidade, a qual reconhece em nosso vazio um ponto vulnerável. Ela nos oferece uma falsa necessidade de nos preenchermos com o consumo inútil sob o rótulo da plenitude. O trabalho consiste em uma instalação composta por um carrinho de supermercado e um pedaço de madeira com forquilha.

Luciano Freaza é formado em Administração de Empresas pela UNIFACS e em Design para Publicidade pela Academy of Art University na Califórnia. Possui especialização em Criação de Comerciais para Televisão pela mesma instituição. Atualmente trabalha como designer e cursa a Oficina de Processos Contemporâneos ministrada pelo professor Caetano Dias no MAM-BA (Museu de Arte Moderna da Bahia).

[ luciano_freaza@hotmail.com ]

Marta Luna

Anúncios na seção classificados com o dizer: “Desejo compartilhar imenso vazio” foram publicados durantes alguns meses em jornais de grande circulação do país. Um endereço eletrônico foi criado para receber as respostas ao anúncio (servazio@gmail.com), o qual recebeu fotos, textos e poemas. O trabalho, interativo, é composto pelo coletivo de situações que surgiram a partir da provocação do anúncio. As respostas e imagens, tornadas anônimas, estão expostas no endereço www.servazio.blogspot.com.

Marta Luna, é cearense e vive em Salvador desde 1993. Na capital baiana faz estudos teóricos e práticos nas artes plásticas a partir da participação nas oficinas do MAM, onde exercitou as técnicas de serigrafia e pintura. Atualmente realiza estudos em Processos Contemporâneos com ênfase na criação e execução de instalações com orientação do artista plástico Caetano Dias. Participou de diversas exposições coletivas entre as quais SSA 456 - Salvador no Olhar do Artista Contemporâneo (2005), Reduplicações - V Mercado Cultural Latino Americano (2004) e Destaques 2002 – Museu de Arte Moderna BA (2003).

[ lunamarta@gmail.com ]

Nanna Pôssa

Saltos sem fim desde lugar nenhum entre o céu e o abismo. Corpo em queda sobre o vazio, sem definição, turvo. A angústia pela liberdade de um corpo sem rumo. A falta de cores e contornos nítidos deslocam a imagem para qualquer tempo, na falta de caracterização de um espaço, elimina também a gravidade. A sensação de vertigem é marcante. As fotografias fazem parte de um trabalho de pesquisa em fotografia que usa como suporte um equipamento tecnicamente precário aproveitando-se de seus defeitos como linguagem, desta forma, descreve uma narrativa com elementos expressivos incomuns. Um saco plástico transparente, usado para tornar a câmera à prova d'água, também serve de filtro, o que adiciona uma textura característica ao trabalho.

Nanna Pôssa nasceu em Belo Horizonte e mora desde a infância em Salvador. Estuda na Escola de Comunicação da UFBA tendo feito algumas disciplinas sobre história da arte, cinema e fotografia durante o curso de graduação. Em 2005 foi assistente do fotógrafo Mario Cravo Neto. Atualmente cursa Processos Contemporâneos nas oficinas do MAM e desenvolve trabalhos com videoarte e fotografia - tendo participado das exposições Visualidades no Casarão Santa Luzia em 2004 e Olhares à Feira na galeria Pierre Verger em 2004.

[ nannapossa@gmail.com ]

Silverino Ojú

Mapaemento ósseo é a apropriação de um exame médico específico para detectar tumores, feito a partir de imagens cintilográficas de corpo total do próprio artista, para controle diagnóstico, trata-se de uma obra auto-referente, na qual o artista busca transcender o próprio corpo, lançando mão de imagens auto-biográficas obtidas através de sofisticados aparelhos hospitalares, que quase se confundem com o branco do papel, da moldura e da própria parede da galeria, num jogo de luz e sombra, fundo e figura, realidade e representação, insinuando uma silhueta de seu corpo solta no espaço, numa alusão ao corpo e aos espaços que ocupa, e também ao invisível e oculto que habita dentro de cada um.

Silverino Ojú nasceu em Salvador-Bahia. Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (2001). Cursou História da Arte (Almandrade) e Processos contemporâneos (Caetano Dias) no MAM-Ba (2004-6). Exposições coletivas mais recentes: Salão Regional da Bahia (2006), Arte e erotismo na Galeria Cañizares (2005). Na VI Bienal do Recôncavo (2002) é selecionado usando pseudônimo (Gladys Jr). Como figurinista e estilista, assinou os figurinos feitos de atadura hospitalar para a peça Guilda (2006) Cabaré dos novos do Teatro Vila Velha, participou da mostra Artes Design Berlim-Bahia MAM-Ba (2002), teve projeto de coleção selecionado para o Barra Fashion Bahia(2001), expôs como convidado do Iguatemi Style Festival (2000), e foi um dos dez finalistas do Concurso Nacional Levi´s Anhembi Morumbi-SP (2000).

[ silverinoju@hotmail.com ]